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Saiba porque cães “salsichas” têm 25% mais chance de ter hérnia de disco 05 de agosto de 2022 - 13:49

A condição acontece quando há a degeneração do disco intervertebral, que pode ser causada por alterações bioquímicas e/ou biomecânicas.

 A coluna vertebral dos animais de companhia é uma estrutura anatômica que, além de dar sustentação ao corpo, serve como meio de proteção para a medula espinhal, estrutura nervosa que conecta o cérebro às demais estruturas do tronco. A degeneração do disco intervertebral (DIV) é um processo natural associado à idade do animal e que pode, ou não, levar à DDIV. 

A DDIV ocorre com mais frequência em animais condrodistróficos, ou seja, cães com característica física de comprimento longo e baixa altura, como Beagle, Lhasa Apso e Dachshund, a raça de Bosco. Uma edição da década passada da Revista Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, dos Estados Unidos, revelou que os Dachshunds podem representar até 25% dos casos e têm 12,6 vezes mais chances de desenvolver a condição, comparados às outras raças.

“Na hérnia de disco ocorre o deslocamento do núcleo pulposo desidratado em direção ao canal medular, causando compressão da medula espinhal, podendo levar até à perda de movimento dos membros e outras disfunções corpóreas do animal. A doença ocorre com mais frequência em animais condrodistróficos por conta da sobrecarga sofrida pela coluna, principalmente no ponto médio, devido ao baixo centro de gravidade presente nessas raças, associado ao corpo alongado. 

Essa característica anatômica ocorre pelo fechamento precoce da cartilagem epifisária, fazendo com que o crescimento dos membros termine antes do animal finalizar o desenvolvimento. Esses animais podem apresentar os primeiros sinais de DIV a partir de 3 meses de vida e ter já todos os discos intervertebrais acometidos em torno de um ano de idade, enquanto cães de outras raças podem sofrer com esse mesmo fenômeno perto dos 8 anos de vida. Para saber se o pet está sofrendo com sintomas da doença, o tutor pode ficar atento principalmente ao comportamento do animal. 

Se ele está evitando movimentos que normalmente fazia, diminuiu a ingestão de água e alimentos e se dá gritos espontâneos de dor por conta de um movimento um pouco mais brusco. Atualmente, há três tipos principais de tratamento: clínico, com o uso de medicamentos para aliviar a dor; cirúrgico, quando já há uma hérnia de disco e a operação acontece para realizar a descompressão da medula; terapia complementar, como acupuntura e fisioterapia, para reabilitação e fortalecimento da musculatura do animal”, explica.

No Manhã da Mais a apresentadora Carol Chab conversou com o doutor em Ciências Veterinárias e professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo Luciano Isaka que explica porque os cães mais baixos tem mais chances de desenvolver problemas na coluna.

(Foto: Canva)

Tags: Dor na Coluna Coluna Pet Medicina Veterinária Cães e Gatos Veterinário

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